Tuesday, March 23, 2010

"O copo está meio cheio ou meio vazio?"

"O copo está meio cheio ou meio vazio?"

Essa é uma das frases mais preconceituosa de todas. E é um bom exemplo para se pensar sobre uma segunda interpretação para tudo. Para mim, o copo está meio vazio.

O pre-conceito da pergunta te leva a pensar que eu sou pessimista, porque:
"O otimista vê o copo meio cheio. O pessimista vê o copo meio vazio."

Eu penso diferente: O cara que não gosta de beber, vê o copo meio cheio, o cara que gosta do que bebe, vê o copo meio vazio."
Ou então:
"Se você não tem sede, o copo tá meio cheio. Mas se você tá com sede, o copo tá meio vazio."

E aí você pode interpretar: O cara que enxerga o copo meio vazio, ele sente falta de algo, e busca saciar sua sede.

Friday, January 22, 2010

As pessoas de nossa vida.

Hoje senti uma vontade de escrever. A gente (pelo menos eu) está sempre pensando sobre a vida, pensando sobre o mundo, refletindo sobre nossas visões de mundo, aprendendo, caminhando ou o que seja. Gosto de pensar um pouquinho de tudo, da ciência ao nosso redor, da política por de trás de nossos comportamentos, da política do dia-a-dia, dos comportamentos humanos, da leveza de viajar, sentar à beira praia e apenas não fazer nada. Enfim várias coisas.

Vou começar com essa frase:
"We respect people who think differently, we like people who think similarly and we admire people who make us think differently. But we love those who make us stop thinking and just feel."
Que significa:
"Nós respeitamos as pessoas que pensam diferente, gostamos daquelas que pensam parecido e admiramos àquelas que nos fazem pensar diferente. Porém, amamos aquelas que nos fazem para de pensar e apenas sentir".

Na real, fui eu mesmo que escrevi essa frase. Talvez essa frase reflita muito de mim mesmo, se você acha que não se inclui na frase, tudo bem, apenas substitua o "nós" por tonhão e acerte a conjugação. Vai continuar valendo! Eu concordo 100% com essa frase, mas claro, não sou 100% essa frase.

Gosto de pensar na vida, imaginar o mundo ideal, imaginar como as pessoas deveriam agir para atingir tal objetivo, imaginar as consequências desse comportamento. Por muito tempo -com ênfase no período de graduação- ficava imaginando como deveríamos se organizar, como agir por um melhor ambiente, como criar um mundo mais justo... Eu penso várias formas de organização, várias idéias. Nenhuma realmente me convence como ideal. Mas de modo geral, todas elas possuem uma parte essencial, que é "respeitar a diferença". (Sobre esse tópico, poderia escrever por vários e vários momentos).

E aí estou aqui no estrangeiro, achando tudo muito estranho, as pessoas todas estranhas, a cultura estranha. Às vezes eu até falo mal de tudo isso, mas depois durmo com a idéia na cabeça: "respeite à diferença", tente entender os caras. Eu estou na terra deles, se eu não respeitá-los aqui, porque eles teriam que me respeitar? E na real, eu penso mais sobre a intenção das pessoas. Continuo achando estranho, diferente, não concordo, mas respeito.

Começo a conviver com diversas pessoas, todo mundo é muito diferente. Sinto falta dos meus amigos. Com o tempo a gente vai conhecendo pessoas com alguns gostos parecidos, e aí vem a segunda parte: "A gente gosta das pessoas que pensam parecido".

De modo geral, tenho minha visão do mundo que considero muito sólidas. Não me considero cabeça dura, aceito mudar de opnião a qualquer momento. Mas acho difícil alguém me convencer de uma opinião diferente. Alguém que fala uma idéia que eu nunca havia pensado antes ou algo que eu ache realmente fascinante ou mude minha maneira de enxergar o mundo. Por esse tipo de pessoa eu fico realmente admirado (eu sei vários exemplos na minha vida, talvez você nem saiba mas pode ter sido uma dessas pessoas). E nesse momento eu digo "A gente admira as pessoas que nos fazem pensar diferente". (A biologia em si não é uma pessoa, mas me abre a cabeça a todo momento. A natureza é surpreendente).

E a gente começa a pensar demais sobre a vida. Tudo não faz muito sentido. E nesse momento aparecem pessoas na nossa vida que nos fazem sentir. Não interessa se pensam igual, diferente, se são "espertas" ou não. E essas pessoas que nos tiram do mundo das idéias para sentir, essas pessoas a gente simplesmente ama.

Acho legal falar sobre essas pessoas. E são várias. São aquelas pessoas que a cada encontro te da um abraço. É aquele amigo que você não vê com muita frequência, mas sempre que encontra, lhe enche de felicidade. É aquela pessoa com quem não temos formalidade. São todas aquela pessoas, - algumas convivemos diariamente, algumas passamos pouco tempo juntos, outras nunca vemos -, mas são pessoas que só pensar nos traz uma boa lembrança e sentir um carinho por elas.